Melhorias
Depois de uma década, a patrola chegou
Comunidade da Lindoia finalmente despediu-se dos buracos da rua José Rizzolo
Carlos Queiroz -
Por Rafaela Rosa - [email protected]
(Estagiária sob supervisão de Débora Borba)
A afirmação da população é que durante uma década a máquina da patrola esqueceu da rua José Rizzolo, localizada na Cohab Lindoia, em Pelotas. No último ano, quem enfrentou problemas diários de locomoção foi o cadeirante Magno dos Santos. Desde quarta-feira (11), um dia após a reportagem do Diário Popular ter ido até o local, a realidade dele mudou para melhor. Com a rua patrolada pela equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui), Santos consegue, finalmente, diminuir sua rota e consequentemente o tempo que levava para chegar ao destino.
Devido ao tamanho e à quantidade dos buracos, a via ficava intransitável nos dias de chuva, e nos de calor quem tomava conta das residências era a poeira excessiva. Por conta disso, a população tentava resolver os problemas através da união dos moradores. Medidas, como a compra de pedregulhos e de raspas de asfalto, foram algumas das alternativas tomadas pela comunidade ao longo dos anos.
Na frente da casa de Santos, ainda é possível observar uma certa quantidade de britas que servem para tapar um buraco, elas foram compradas e colocadas por ele. A pedido do morador, as pedras não foram retiradas pela patrola, pois servem para auxiliar na entrada e saída da cadeira de rodas. Outro obstáculo que o cadeirante enfrentou desde janeiro até ontem foi o deslocamento até a parada do ônibus. Com a via em péssimas condições, uma volta pela rua trás era necessária, somando cerca de cinco quarteirões no trajeto. Agora, apenas duas quadras o separam do local. “Ontem mesmo já consegui sair pelo lado certo”, disse.
Quem também sofreu com os problemas da travessa foi Jussara Rutz. Moradora do bairro há 23 anos, ela relata que nunca houve uma mudança na qualidade da rua. Em dias de chuva a costureira dizia não haver opção, ou molhava os pés ou não entrava em casa. Cansada de conviver com as mesmas situações, ela questiona: “O que adianta abrigo de ônibus de vidro no Centro se aqui nos bairros nunca muda nada?”.
Palavra cumprida
O secretário de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Antônio Ozório, reconhece que em sua gestão a via realmente não havia recebido patrolamento. A explicação está atrelada a documentos. A rua não faz parte do mapa de ruas de chão. Em entrevista ao Diário Popular, na última terça, o responsável pela pasta comprometeu-se em enviar uma equipe até o local para avaliar a situação. O grupo, não só avaliou, como executou o serviço, aguardado, segundo moradores, ha mais de uma década.
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